Luís Canotilho | Luís Canotilho | Luís Canotilho | Luís Canotilho | Luís Canotilho | Luís Canotilho | Luís Canotilho | Luís Canotilho | Luís Canotilho | Luís Canotilho Canotilho | Luís Canotilho | Luís Canotilho | Luís Canotilho | Luís Canotilho | Luís Canotilho | Luís Canotilho | Luís Canotilho | Luís Canotilho | Luís Canotilho | Luís |
"O Mistério da Intuição ou a Alfabetização Visual" 2004 Parece ser normal e evidente nos tempos actuais, a perseguição da “inovação”, da “modernidade” da “contemporaneidade” e da “pós-modernidade”. A dualidade do pensamento estético primário só permite colocar em oposição a “modernidade” com o “clássico” ou o “fashion” com o “démodé”, como que confundida com a dualidade do pensamento religioso primário. Possivelmente, estamos perante uma génese de ideias pouco ambiciosas e limitadas, sempre atentos a quem tem a “coragem” de dar o passo seguinte para depois se estabelecer o mero exercício da procura do “objecto diferente”. Esta vertigem de propósitos limita e subjuga as nossas vivências, envergonha as nossas origens sócio-culturais e limita o pensamento às ideias estereotipadas importadas, tendo como referência as agendas culturais definidas na comunicação social televisiva. Julgo que este não será o meu papel. Perseguir a diferença e a inovação constitui uma atitude subjugante que limita o pensamento artístico aos níveis mais básicos. Não questiono e nem processo a “diferença” ou mesmo a “modernidade”, termo pegajosamente cansado. Limito-me a ser igual a mim mesmo, tentando permanentemente conhecer-me através da pesquisa íntima dos sonhos e realidades, formação artística e científica, vivências e referências culturais, como que tendo por missão a sua defesa, preservação e divulgação. Portanto, de forma consciente e intencional, permito-me à sedutora vulnerabilidade perceptiva em relação ao meio sócio-cultural que permite a minha existência. Procurando absorver as inúmeras influências fisiológicas, sociais, tribais, crenças, temores, etc. que permitem elaborar o pensamento perceptivo para a construção da minha linguagem visual. A “intuição” e o “caos” perseguem a actividade cultural tornando-a campo privilegiado da “autodidaxia” e da “cura psíquica” nos países em vias de desenvolvimento. Não tendo mesmo nada a ver com o fenómeno sobrenatural, constitui um campo de investigação (objectiva e subjectiva) onde a alfabetização visual está coerente com os processos elementares de comunicação. Os fundamentos sintácticos da alfabetização visual residem na composição, como forma de se questionarem e resolverem os problemas visuais através do emprego de decisões compositivas que definem o propósito e o significado do trabalho visual. A composição é, sem dúvida, a etapa mais vital no processo criativo, já que constitui o momento em que o criador exerce maior controlo sobre o seu trabalho. No contexto da alfabetização visual, a “sintaxes”, significa a disposição ordenada dos elementos, exigindo a designada “inteligência matemática”. Apesar de não existirem regras absolutas, o objectivo final resulta no estabelecimento de uma orquestração dos elementos visuais que queremos compor. Pitágoras – “O Número de Ouro”, Luca Pacioli – “Divina Proporção” ou mesmo Lomazzo – “Trattato dell’arte della pittura”, depressa compreenderam a necessidade da aplicação da geometria na composição, quer através da medida de ouro, do rectângulo dinâmico com as respectivas armaduras, quer resgatando a actividade artística do lamaçal do mistério da intuição e colocando-a no patamar do conhecimento e da investigação. Há muito que a dominante civilização ocidental compreendeu a existência universal e a existência de Deus através de regras geométricas. Esta compreensão colocou Almada e Lima de Freitas no patamar da universalidade compositiva. Mas a composição não se limita ao fenómeno da disposição dos elementos visuais (linha, cor, contorno, direcção, textura, escala, dimensão e movimento) ou do jogo do puzzle da tonalidade. O conhecimento obrigatório desta linguagem permite a construção de infinitas hipóteses perante a variação dos elementos enunciados. Poderá então a subjectividade do pensamento artístico privilegiar o emprego ou rejeição dos elementos e da tonalidade, manipulando-os através da eleição da técnica individual ou de técnicas mistas consideradas na base das capacidades psico-motoras. Este fenómeno constitui o que eu designo de inteligência visual aplicada que nada tem a ver com o “fenómeno” ou o “mistério” da intuição. No dicionário, intuição (do latim intuitiõne) é definida como “conhecimento directo e imediato sem recurso de raciocínio; espécie de simpatia intelectual…” Ora a designada “inspiração” irreflexiva ou temperamental não pode ser aceitável no contexto cultural. A mensagem visual é um produto de uma planificação metódica dependente de uma alfabetização visual, da capacidade psico-motora e positivamente influenciada pelo contexto sócio-cultural. Parece ser normal e evidente nos tempos actuais, a perseguição da “inovação”, da “modernidade”, da “contemporaneidade” e da “pós-modernidade”. A dualidade do pensamento estético primário só permite colocar em oposição a “modernidade” com o “clássico” ou o “fashion” com o “démodé”, como que confundida com a dualidade do pensamento religioso primário. Possivelmente, estamos perante uma génese de ideias pouco ambiciosas e limitadas, sempre atentos a quem tem a “coragem” de dar o passo seguinte para depois se estabelecer o mero exercício da procura do “objecto diferente”. Esta vertigem de propósitos limita e subjuga as nossas vivências, envergonha as nossas origens sócio-culturais e limita o pensamento às ideias estereotipadas importadas, tendo como referência as agendas culturais definidas na comunicação social televisiva. Julgo que este não será o meu papel. Perseguir a diferença e a inovação constitui uma atitude subjugante que limita o pensamento artístico aos níveis mais básicos. Não questiono e nem processo a “diferença” ou mesmo a “modernidade”, termo pegajosamente cansado. Limito-me a ser igual a mim mesmo, tentando permanentemente conhecer-me através da pesquisa íntima dos sonhos e realidades, formação artística e científica, vivências e referências culturais, como que tendo por missão a sua defesa, preservação e divulgação. Portanto, de forma consciente e intencional, permito-me à sedutora vulnerabilidade perceptiva em relação ao meio sócio-cultural que permite a minha existência. Procurando absorver as inúmeras influências fisiológicas, sociais, tribais, crenças, temores, etc. que permitem elaborar o pensamento perceptivo para a construção da minha linguagem visual. A “intuição” e o “caos” perseguem a actividade cultural tornando-a campo privilegiado da “autodidaxia” e da “cura psíquica” nos países em vias de desenvolvimento. Não tendo mesmo nada a ver com o fenómeno sobrenatural, constitui um campo de investigação (objectiva e subjectiva) onde a alfabetização visual está coerente com os processos elementares de comunicação. Os fundamentos sintácticos da alfabetização visual residem na composição, como forma de se questionarem e resolverem os problemas visuais através do emprego de decisões compositivas que definem o propósito e o significado do trabalho visual. A composição é, sem dúvida, a etapa mais vital no processo criativo, já que constitui o momento em que o criador exerce maior controlo sobre o seu trabalho. No contexto da alfabetização visual, a “sintaxes”, significa a disposição ordenada dos elementos, exigindo a designada “inteligência matemática”. Apesar de não existirem regras absolutas, o objectivo final resulta no estabelecimento de uma orquestração dos elementos visuais que queremos compor. Pitágoras – “O Número de Ouro”, Luca Pacioli – “Divina Proporção” ou mesmo Lomazzo – “Trattato dell’arte della pittura”, depressa compreenderam a necessidade da aplicação da geometria na composição, quer através da medida de ouro, do rectângulo dinâmico com as respectivas armaduras, quer resgatando a actividade artística do lamaçal do mistério da intuição e colocando-a no patamar do conhecimento e da investigação. Há muito que a dominante civilização ocidental compreendeu a existência universal e a existência de Deus através de regras geométricas. Esta compreensão colocou Almada e Lima de Freitas no patamar da universalidade compositiva. Mas a composição não se limita ao fenómeno da disposição dos elementos visuais (linha, cor, contorno, direcção, textura, escala, dimensão e movimento) ou do jogo do puzzle da tonalidade. O conhecimento obrigatório desta linguagem permite a construção de infinitas hipóteses perante a variação dos elementos enunciados. Poderá então a subjectividade do pensamento artístico privilegiar o emprego ou rejeição dos elementos e da tonalidade, manipulando-os através da eleição da técnica individual ou de técnicas mistas consideradas na base das capacidades psico-motoras. Este fenómeno constitui o que eu designo de inteligência visual aplicada que nada tem a ver com o “fenómeno” ou o “mistério” da intuição. No dicionário, intuição (do latim intuitiõne) é definida como “conhecimento directo e imediato sem recurso de raciocínio; espécie de simpatia intelectual…” Ora a designada “inspiração” irreflexiva ou temperamental não pode ser aceitável no contexto cultural. A mensagem visual é um produto de uma planificação metódica dependente de uma alfabetização visual, da capacidade psico-motora e positivamente influenciada pelo contexto sócio-cultural.
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Luís Manuel Leitão Canotilho | Professor Coordenador - Instituto Politécnico de Bragança | Portugal
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