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circulação na cidade de Bragança As rotundas: alguns casos existentes |
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Artigo de opinião Publicado em 13/01/1998 (Original em PDF) |
É inegável o actual interesse pela utilização de
rotundas para gerir os fluxos de tráfego nos cruzamentos, conforme referi
no artigo anterior sobre este tema. No entanto deverá o seu estudo ser
devidamente optimizado entrando-se em conta com os mais recentes
preceitos técnicos consignados nesta matéria e que, naturalmente, me
dispenso de focar aqui exaustivamente. Assim, tentarei analisar os casos
de intersecções em forma de rotunda existentes em Bragança já que na sua
generalidade se podem apontar diversas irregularidades no seu modo de
implantação e de funcionamento. Existem ainda alguns casos que
impropriamente se ouve designar de rotundas, como é o entroncamento em Y
no termo da Av. Abade de Baçal onde se prevê a ligação de futura via. |
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A Rotunda do Centro de Saúde foi concebida nos anos 60 segundo uma configuração
geométrica que hoje se demonstra ultrapassada pois denota uma importante falta
de funcionalidade impondo-lhe até uma limitação na sua capacidade por só ser
viável a utilização de uma via do anel. |
A Rotunda da Flor da Ponte encontra-se a funcionar excentricamente à via de maior intensidade de tráfego não me parecendo haver motivos para que se mantenha esta situação. Deveria proceder-se à sua remodelação no sentido de a adaptar correctamente ao cruzamento de vias em que se insere dada, nomeadamente, a previsão do progressivo aumento dos fluxos de tráfego nas vias do Circuito Turístico, a avaliar pela expansão urbana que essa zona está a ter. A operação consistiria, basicamente, na redução do seu tamanho e implantação correcta, com ganhos importantes de espaços laterais a destinar às circulações pedonais, transformando-a assim numa verdadeira rotunda de trânsito giratório. |
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A Mini-Rotunda da antiga Estação na Avª João da Cruz, que a foto documenta, deveria ser posta a funcionar correctamente bastando proceder-se a algumas demarcações de pavimento e sinalização vertical. É, com efeito, óbvia a vantagem da sua alteração para o princípio de funcionamento como rotunda já que convergem aí vias de idênticos volumes de tráfego e, da forma como actualmente funciona, fica, desnecessariamente, penalizada a transversal à Avª João da Cruz. Em artigo anterior propus algumas soluções para a Av. João da Cruz em forma de rotunda, tendo esse meu estudo sido baseado em considerações mais alargadas quanto ao planeamento viário do centro da cidade e a própria configuração da avenida, devendo este caso evoluir para essa solução definitiva. |
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A Rotunda no Bairro do Sol, que a foto documenta, é a única que parece ter sido "traçada" de forma aproximadamente escorreita mas que se encontra fora das vias de tráfego principais e daí a sua pouca importância em termos de circulação. Terá, assim, um interesse no plano do arranjo urbanístico do espaço e, naturalmente, ajudará a organizar a circulação nessa zona. Já no que diz respeito à via que a ela liga teria algumas observações a fazer quanto ao seu perfil nomeadamente pela pequena largura do separador e as múltiplas interrupções deste. Será, quanto a mim, muito discutível a utilidade de separadores estreitos nestas vias em pleno meio urbano. |
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As Rotundas nas entradas da cidade, de Vale
d'Álvaro, do NERBA e da Av. do Sabor, talvez porque se lhes quisesse
atribuir um cunho urbanístico, cujos critérios não me parecem mesmo
assim muito claros, ficaram seriamente penalizadas na sua concepção em
termos de circulação automóvel, não se tendo tirado qualquer partido das
inúmeras vantagens que sob este aspecto elas apresentariam. |
A Rotunda dos S.S. do I.P.B., na Avª Sá Carneiro, que abordei em artigo anterior, será um caso a merecer a maior urgência na sua resolução, principalmente por motivos de segurança. Como solução de curto prazo seria, a meu ver, suficiente a implantação de sinalização horizontal e vertical que estabeleça as novas prioridades, associada à correcta adaptação das vias de entrada (ligeira inflexão) utilizando a largura disponível nas faixas. Como solução definitiva deveria ser alterada a geometria da mesma, sustentada em estudo específico e credível, o que me parece ser possível concretizar com obras ligeiras de adaptação. |
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Traria ainda à discussão alguns casos de intersecções não reguladas por
meio de rotundas permitindo-me aqui referir apenas dois exemplos, até
pela sua pertinência dados, nomeadamente, os múltiplos aspectos
negativos das soluções que foram implantadas. Refiro-me aos casos do
entroncamento na Av Sá Carneiro em frente à Sub-Estação da EDP e do
cruzamento da Av Sá Carneiro com a Avª Abade de Baçal. |
In jornal "A Voz do Nordeste" de 13 de janeiro de 1998 | ||
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